Nasceu em Siena, na aldeia de Fontebranda, Siena, Itália, no ano de 1347, sendo a penúltima dos 25 filhos do tintureiro Jacob Benincasa e de Lapa Piangenti. Ainda criança, em 1354, inspirada pela graça divina, ofereceu a Deus a sua virgindade; vencidas as constantes dificuldades da oposição dos seus familiares, inicia, em 1363, uma vida austera de oração, jejum e penitência entre as Irmãs de Penitência de São Domingos.
Dedicada à contemplação da «doce primeira Verdade», preocupou‑se em «conhecer a presença de Deus nela e dela em Deus», levou em sua própria casa uma vida austera até ao ano de 1370, altura em que, com 23 anos, numa visão do Esposo celeste, recebeu a missão de enveredar pelo caminho do apostolado.
Desde então, maravilhosamente auxiliada pelas graças do Espírito Santo e correspondendo‑lhe com a máxima docilidade, concentrou na «cela do seu coração», com admirável actividade apostólica, a mais alta contemplação das realidades divinas. Com as suas belas cartas e o ardor da sua palavra, levou o próprio Papa Gregório XI a dirigir‑se à Sé de Roma, em 1376, abandonando Avinhão, em França.
Também se dedicou a conduzir homens e mulheres de todas as condições, ao bom caminho da virtude ou da paz.
Inflamada pelo amor de Deus, procurou tornar‑se semelhante a Cristo crucificado e, no dia 1 de Abril de 1375, mereceu receber os sagrados estigmas da Paixão, resplandecente de luz, não de sangue.
Como diz a bula de canonização: «a sua doutrina não foi adquirida; foi mestra antes de ser discípula». Deixou brilhantes documentos de ensino espiritual e teológico, especialmente no seu “Diálogo” (1378). Era, então, digna de ser chamada «Mãe» pela numerosa família dos seus discípulos e continua a sê‑lo agora por toda a Família Dominicana.
Morreu aos 33 anos, em Roma, no ano de 1380, e foi sepultada na basílica de Santa Maria sopra Minerva. Foi canonizada por Pio II, a 29 de Junho de 1461 e Paulo VI declarou‑a Doutora da Igreja, em 1970.
Elogio
Em Roma, Santa Catarina de Sena, da Ordem de Penitência de São Domingos, virgem fortíssima e piíssima que, infatigavelmente e até à morte, trabalhou pela procura da paz, reconduziu o Papa à Sé Apostólica de Roma e promoveu a unidade da Igreja. Hauriu da glória de Deus, e do Lado de Jesus crucificado um grande amor pela salvação das almas. De admirável doutrina divinamente infusa, comprovada nos documentos que escreveu: “Livro da Divina Providência”, “Orações”, e numerosas Cartas, foi proclamada padroeira principal da Itália, Doutora da Igreja, e co‑padroeira da Europa.
Oração
Deus de misericórdia infinita, que inflamastes Santa Catarina de Sena no amor divino, chamando‑a à contemplação da Paixão do Senhor e ao serviço da Igreja, fazei que o vosso povo, associado ao mistério de Cristo, se alegre sempre na manifestação da sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Santos e Celebrações da Ordem dos Pregadores