Assembleia Europeia em Fátima – Crónica dia 2

Com os sinos a tocar na igreja, um novo dia se inícia em Fátima, Depois do pequeno-almoço e das Laudes, fomos até à sala da assembleia, o nosso épico centro durante os próximos dias. Enquanto cantávamos o Hino do Jubileu, fomos entrando na sala e no chão estava um enorme Rosário e ficamos todos em sua volta. Ao acender uma vela, Lenny Beemer, presidente do ECLDF, deu início à Assembleia. 

Cristina Busto, a presidente provincial de Portugal das Fraternidades Leigas de São Domingos, deu as boas vindas a todos em nome das Fraternidades portuguesas. Ele informou-nos sobre a história da Casa das Irmãs Dominicanas onde estamos instalados, bem como sendo um local no qual os leigos dominicanos portugueses estão habituados a sentirem-se em casa.

O primeiro palestrante foi o Fr. Bruno Cadoré, Mestre da Ordem. Na sua comunicação deu uma resposta às questões: O que significa um leigo dominicano ser pregador da Esperança? Poderemos ser precisos ao falar de leigos e pregadores? Porque falamos de leigos pregadores?  O Mestre Geral pensa que  é uma dimensão essencial ser aquilo que se prega. Os leigos dominicanoss estão na Igreja, a Igreja, com a graça de Deus, é construída através da pregação e tem-se notado uma mudança sobre a forma como se encara a evangelização. Ser leigo dominicano não é defenido pelo estatuto canónico, mas pela identidade do que a Ordem é, porque todos os leigos são chamados a serem actores na evangelização. Nós fazêmo-lo através da nossa pertença a uma fraternidade;  a fraternidade, a comunidade, é a nossa forma de pregar. Quando São Domingos criou a Ordem, ele tinha o seu olhar em Jesus a pregar, a proclamar o Reino de Deus e pensou de que forma tal poderia ajudar a Igreja.

O Mestre espera que os Leigos Dominicanos possam igualmente contribuir para a Igreja do mesmo modo: através de que modo poderá através deles a Igreja pregar, e como o fazer sendo comunidade. «Assim, não é muito importante organziar a agenda ou o esquema das missas, mas como vivemos nós e como poderemos pregar através da comundiade. Ser irmão ou irmã é algo que está ao alcançce de qualquer ser humano. Se dizemos que somos uma Ordem de Graça e Salvação, então estamos a a afirmar algo sobre esta possibilidade:  nós tentamos viver como irmãos e irmãs. Não afirmamos que somos comunidades perfeitas, mas através das nossas comunidades podemos falar a um e a outro sobre ser uma comunidade. E o nosso dever como pregadores é chamar a comunidade humana ao seu objectivo: a graça de Deus actua no mundo e trabalha no coração de cada indivíduo e nas comunidades», afirmou Fr. Bruno.

Na história, a europa foi dominante e poderosa e impôs a sua vontade aos outros. A Europa não está mais nessa posição nos dias de hoje. Mas a boa notícia é que tal humildade é a sua força:  a Europa é chamada a tentar a ser uma e manter a diversidade. O Mestre afirmou que temos uma herança comum, que nos mostra que juntos podemos ser um só: ‘Nós queremos ser um, uma comunidade, com e no meio da diversidade e podemos fazê-lo com humildade. A luta para se ser uma comunidade, obriga a cada um e a cada uma à conversão diária. Comunidade não é o que seremos no futuro, mas sim o que receberemos, porque está presente desde o início. Como europeus e como Leigos Dominicanos, como pregadores da Graça, temos de lembrar aos outros o que podem fazer enquanto pessoas e o que podem receber através da diversidade. Esse é um importante desafio: embora compreendamos a nossa história, temos de proclamar algo específico ao mundo e tal é a interacção da comunidade e a diversidade;  uma interacção que leva à paz.

Depois destas palavras, os delegados tiveram a oportunidade de partilhar e colocar questões e preocupações ao Mestre Geral.

Antes do almoço celebramos a eucaristia na Capela das irmãs tendo como celebrnte o Mestre geral. Foi uma ocasião especial, pois o Sérgio Branco, leigo domincano da Fraternidade do Porto realizou a sua promessa definitiva perante o Mestre e a presidente da Fraternidade.

Da parte de tarde cada Província e Vicariato apresentaram resumidamente a sua situação e actividades, partilhando as suas esperanças e alguns projectos. Foi inspirador escutar tais realidades.

E por ultimo, o Conselho apresentou o seu relatório de actividades e financeiro (2014-2o17). a Assembleia agradeceu ao Conselho pela sua actividade e pelos estimulantes contactos realzaidos com as diversas províncias e fraterndiades na europa.

O primeiro dia, muito intenso, terminou com a oração do Terço e vésperas. Depois de jantar fizeram-se alguns ensaios liturgicos para as celebrações de amanhã, e alguns foram até ao Santuário ou ficaram informalmente na conversa e convívio no bar do hotel. Foi um bom e fraternal dia!

(texto de Karin Bronhijm, tradução de Gabriel Silva)

 

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